O Ministério da Saúde incluiu, a partir de 1º de julho de 2025, a vacina meningocócica ACWY como reforço para bebês de 12 meses no SUS. A mudança amplia a cobertura: antes limitada ao sorogrupo C, a vacina agora protege contra os sorogrupos A, C, W e Y, oferecendo uma barreira mais sólida contra a meningite bacteriana.
Por que essa alteração é importante?
Até então, o esquema vacinal para bebês incluía duas doses da vacina meningocócica C aos 3 e 5 meses, e um reforço aos 12 meses apenas para esse sorogrupo. A nova diretriz amplia a proteção desde o primeiro ano de vida. A vacina ACWY, que já era utilizada em adolescentes, agora será aplicada também nas crianças, garantindo proteção mais ampla desde cedo.
A doença
Em 2025, o Brasil registrou mais de 4 mil casos de meningite, com destaque para infecções causadas por meningococos. Embora o sorogrupo C ainda seja predominante, os sorogrupos W e Y têm apresentado aumento, principalmente em regiões do Sul e Sudeste. Esse cenário reforça a importância de ampliar o espectro de proteção oferecido no calendário nacional.
Como funciona a vacina ACWY?
Trata-se de uma vacina inativada, composta por fragmentos das cápsulas bacterianas, que induzem resposta imunológica eficaz. É considerada segura, com perfil de reações semelhantes ao das vacinas já aplicadas, como febre leve ou dor no local da aplicação. Seu uso como reforço aos 12 meses oferece uma camada extra de proteção nos primeiros anos de vida.
O que muda na prática?
- Mães e pais que já aplicaram a vacina meningocócica C em seus filhos não precisam refazer o ciclo: o reforço com ACWY aos 12 meses é suficiente.
- Crianças que ainda não receberam o reforço poderão aplicar a nova vacina até os 5 anos de idade.
A atualização no calendário do SUS representa um avanço significativo na prevenção de uma das doenças infecciosas mais graves da infância. Ao ampliar o alcance da proteção, o Brasil reforça seu compromisso com a saúde pública e com a proteção das futuras gerações. Para famílias, profissionais de saúde e gestores, é hora de atualizar protocolos, reforçar a comunicação com os responsáveis e garantir que todas as crianças recebam esse reforço essencial.
