Allianz: Principais riscos para as empresas em 2022

18 de janeiro de 2022

Tempo estimado de leitura: 3 minutos

Riscos cibernéticos são a principal preocupação global para as empresas em 2022, de acordo com o Allianz Risk Barometer, uma pesquisa anual realizada pela Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS). A ameaça de ataques ransomware, vazamento de dados ou interrupções de TI preocupa as organizações mais do que interrupções nas cadeias de abastecimento, desastres naturais e a pandemia de Covid-19 — temas que afetaram fortemente os negócios ao redor no último ano.

Incidentes cibernéticos estão no topo da lista (44%); lucros cessantes vêm logo na sequência (42%); e Catástrofes naturais ficaram em terceiro (25%), depois de um sexto lugar em 2021. Mudanças climáticas sobem para sua posição mais alta até hoje no ranking (6° lugar com 17%), enquanto Surto pandêmico cai para quarto lugar (22%). O estudo contou com a participação de 2.650 especialistas em 89 países, incluindo CEOs, gestores de risco, brokers e experts em seguros.

“Para a maioria das empresas, o maior receio é não conseguir produzir seus produtos ou entregar seus serviços. Em 2021 testemunhamos níveis sem precedentes de interrupção, causados por vários gatilhos. Ataques cibernéticos incapacitantes, o impacto na cadeia de abastecimento decorrente de eventos relacionados às mudanças climáticas, bem como problemas de fabricação relacionados à pandemia e gargalos de transporte causaram estragos. Este ano promete apenas uma flexibilização gradual da situação, embora outros problemas relacionados à Covid-19 não possam ser descartados. Desenvolver resiliência contra as muitas causas de interrupção nos negócios está se tornando cada vez mais uma vantagem competitiva para as empresas”, comenta Joachim Mueller, CEO da AGCS.

Ranking do Brasil

Pelo segundo ano consecutivo, os riscos cibernéticos aparecem como a principal preocupação para as empresas brasileiras. Cerca de 64% dos respondentes consideram essa a maior ameaça para os negócios, seguido das catástrofes naturais (30%) e a interrupção de negócios (29%).

Ainda no ranking nacional, 26% dos participantes afirmam considerar o risco de fogo/explosão, 17% de desenvolvimento macroeconômico (exemplo: aumento de preços de commodities e inflação) e 14% o risco de pandemia, que em 2021 ocupava o terceiro lugar, mas este ano caiu para a sexta posição.

Novos riscos apareceram na lista deste ano, como a perda de reputação ou valor de marca (13%), mudanças na legislação e regulamentação (12%) e falhas em infraestrutura, como apagões elétricos (10%). A preocupação com as mudanças climáticas caiu de 7º para 8º lugar, mas continua sendo um risco considerável pelas empresas, principalmente devido ao aumento de exigências relacionadas aos critérios ESG.

Empresas estão mais preparadas para uma pandemia

Surto pandêmico continua uma preocupação para as companhias, mas que agora caiu da segunda para a quarta posição no ranking global (embora a pesquisa seja anterior ao surgimento da variante Ômicron). Apesar da crise de Covid continuar ofuscando as perspectivas econômicas em muitos setores, as empresas sentem que se adaptaram bem.

A subida dos temas Catástrofes naturais e Mudança climática para terceiro e sexto lugares, respectivamente, indicam a estreita relação entre essas tendências. Os últimos anos mostraram que a frequência e gravidade dos eventos climáticos estão aumentando devido ao aquecimento global. Em 2021, as perdas globais por catástrofes seguradas foram bem superiores a US$ 100 bilhões — o quarto ano mais alto já registrado.

Os respondentes do Allianz Risk Barometer estão mais preocupados com eventos climáticos relacionados às mudanças climáticas que causam dano ao patrimônio (57%), seguidos por BI e impacto na cadeia de abastecimento (41%). No entanto, eles também preocupam-se em gerenciar a transição de seus negócios para uma economia de baixo carbono (36%), cumprir com complexos requisitos de regulamentação e evitar possíveis riscos de litígio por não tomar medidas adequadas para lidar com as mudanças climáticas (34%).

“A pressão nas empresas para agir sobre as mudanças climáticas aumentou notavelmente no ano passado, com um foco crescente em contribuições Net Zero”, observa Line Hestvik, Diretora de Sustentabilidade da Allianz SE. “Há uma clara tendência das empresas de reduzir as emissões de gases de efeito estufa nas operações ou explorar oportunidades de negócios para tecnologias climate-friendly e produtos sustentáveis. Nos próximos anos, muitos tomadores de decisão estarão analisando ainda mais de perto o impacto dos riscos climáticos em sua cadeia de valor e tomando as devidas precauções.”

As empresas também precisam se tornar mais à prova de eventos climáticos extremos, como furacões ou inundações. “Eventos que anteriormente aconteciam uma vez a cada século podem ocorrer com mais frequência no futuro e, também, em regiões que foram consideradas seguras no passado. Tanto os edifícios quanto o planejamento de continuidade dos negócios precisam se tornar mais robustos em resposta a essa mudança”, explica Maarten van der Zwaag, Diretor Global de Property Risk Consulting da AGCS.

Outros riscos que fazem parte do ranking global deste ano são:

  • Falta de mão de obra qualificada (13%) está em nono lugar. Atrair e reter trabalhadores raramente foi tão desafiador. Os entrevistados classificam isso como um dos cinco principais riscos nos setores de engenharia, construção, imobiliário, serviços públicos, saúde e transporte.
  • Mudanças na legislação e regulamentação manteve-se em quinto (19%). Iniciativas regulatórias proeminentes nos radares das empresas em 2022 incluem práticas anticompetitivas voltadas para grandes tecnologias, bem como iniciativas de sustentabilidade com o esquema de taxonomia da UE.
  • Fogo e explosão (17%) são riscos perenes às empresas, ficando em 7º lugar, assim como no ano passado.
  • Desenvolvimentos de mercado (15%) caíram do quarto lugar para o oitavo e Desenvolvimentos macroeconômicos (11%) desceram duas posições, ficando em décimo.

Fonte: Allianz

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