Os golpes virtuais mais comuns e como evitá-los

02 de setembro de 2020

Tempo estimado de leitura: 3 minutos

Nunca fomos tão atraentes para cibercriminosos como agora. Isso porque, a incerteza em torno da pandemia do coronavírus criou mais oportunidades para hackers e outros ladrões.

Por um lado, milhões de pessoas estão entrando com novos pedidos de seguro-desemprego e aguardam auxílio emergencial. Portanto, é mais difícil ignorar quando chega um telefonema ou e-mail de alguém que se passa por um banco ou funcionário público. Por outro, com tantas pessoas trabalhando em casa, nossos dispositivos pessoais ganharam mais atenção daqueles que procuram se infiltrar nos negócios.

Em julho, um levantamento de segurança digital apontou que 5,8 milhões de brasileiros foram vítimas de golpes no WhatsApp. Outro estudo, chamado Fast Facts, revelou que o Brasil foi o 4º país com mais ameaças por e-mail detectadas no primeiro trimestre de 2020 – foram mais de 257 milhões de mensagens fraudulentas.

Ainda, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o número de phishings aumentou 70% pós-covid. Neste caso, os criminosos enviam mensagens com informações para chamar a atenção do usuário, que clica em um link e, a partir daí, permite a captura dos seus dados.

Como se proteger dos golpes mais comuns

Sites Falsos

Mesmo as coisas mais simples, como comprar um frasco de álcool em gel, parecem difíceis agora. Muitos de nós recorremos ansiosamente à internet em busca de soluções. E criminosos tentam aproveitar nosso comportamento criando sites falsos.

Alguns dos sites parecem clones de sites legítimos do governo, contendo informações sobre a Covid-19, enquanto exibem anúncios maliciosos solicitando informações pessoais. Outros são lojas que fingem vender máscaras e materiais de limpeza, mas existem apenas para coletar dados de cartões de crédito.

Como se proteger:

  • Verifique a URL. Um site falso pode parecer idêntico a um site legítimo, mas o nome de domínio na barra de endereço é uma falsificação. Vale a pena ter em mente o domínio correto do site e sempre checar o endereço antes de realizar qualquer operação financeira. Além disso, plataformas governamentais costumam apresentar endereços com a terminação “.gov.br”.
  • Instale um bloqueador de anúncios em seu navegador para evitar que carreguem propagandas maliciosas.
Ligações fraudulentas

Na maioria dessas ligações, os golpistas manipulam as redes telefônicas para te ligar de um número falso – que geralmente inclui dígitos que pertencem ao seu banco ou agência governamental.

Em casos extremos, duas pessoas trabalham juntas: uma está ao telefone com o seu banco enquanto o outro está ao telefone com você, pedindo informações pessoais para que possam enganar imediatamente o atendente e ter acesso a sua conta.

Como se proteger:

  • Desligue o telefone e ligue de volta. Se o seu banco ligar com um alerta de fraude, desligue e ligue para o número no verso do seu cartão, e pergunte se eles realmente tentaram falar com você.
  • Remova empresas dos seus contatos, como bancos e lojas. Um número salvo na agenda pode dar a falsa confiança de que a chamada é legítima.
Email e mensagens de texto

Phishing, no qual um criminoso se faz passar por alguém para pedir suas informações pessoais, é um dos golpes mais antigos da internet. Mas ainda acontece, porque funciona.

Os cibercriminosos se adaptaram ao ciclo de notícias em constante mudança na pandemia. Em e-mails e mensagens de texto, eles fingem ser a Organização Mundial da Saúde, o Ministério da Saúde, a Receita Federal, entre muitos outros.

Como se proteger:

  • Verifique o remetente. Semelhante aos sites falsos, os e-mails fraudulentos parecerão legítimos, mas muitas vezes estão errados por um ou dois caracteres. Já as mensagens tendem a ser enviadas de telefones com mais de 10 dígitos.
  • Verifique, mas não clique nos hiperlinks! Na maioria dos programas de e-mail, você pode passar o mouse sobre um link e ver a prévia da página que será aberta. Se o link parecer suspeito, marque o e-mail como spam e exclua-o.
  • Também evite clicar em links de remetentes desconhecidos – e não responda.
Sua casa (e escritório)

Algo único dessa pandemia é que milhões de funcionários agora trabalham em casa. Isso significa que os ataques às nossas empresas estão cada vez mais sendo dirigidos contra nós, atacando nossas contas de e-mail ou rede doméstica.

Como se proteger:

  • Verifique a segurança da sua rede. Os roteadores Wi-Fi também precisam de atualizações de segurança, por isso, confirme se ele está executando a versão mais recente do sistema. Se o seu roteador tiver mais de sete anos, provavelmente não será possível atualizá-lo. Nesse caso, a melhor aposta é comprar um novo aparelho.
  • Óbvio, mas também importante: verifique se o roteador tem uma senha forte.
  • Mantenha os dispositivos pessoais e de trabalho separados. Para trabalhar em casa, você pode ficar tentado a usar seu próprio computador, e-mail pessoal ou app de mensagens. Mas provavelmente eles não foram configurados para proteger a rede da sua empresa. Se falta alguma ferramenta tecnológica necessária para o seu trabalho, faça uma solicitação ao departamento de TI.

Todas as precauções acima podem parecer complicadas, mas em caso de dúvida, volte a algo que aprendeu na infância e acrescente uma diferença: nunca fale com estranhos, especialmente quando eles pedirem suas informações pessoais.

FONTES /

The New York Times, Consumidor Moderno

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