Nos últimos dez anos, a concessão de auxílio-doença acidentário devido a transtornos mentais e emocionais aumentou quase em 20 vezes, segundo o Ministério da Previdência Social, levando com frequência a afastamentos por mais de 100 dias. O Fórum Econômico Mundial ainda apontou que 75% dos gastos globais com assistência médica são com doenças crônicas relacionadas ao estresse.
O estresse, muitas vezes confundido com cansaço, é uma reação fisiológica do organismo em frente a situações que nosso cérebro entende como ameaçadoras ou que causam pressão. Em nível moderado, ele pode gerar alterações positivas que nos tornam mais eficazes.
Quando essas alterações persistem, no entanto, passamos a apresentar sinais de exaustão, insônia, irritabilidade, taquicardia, mudança de apetite, problemas de concentração, pensamentos acelerados e hábitos nervosos, como roer as unhas. Esses sintomas trazem à luz o estresse negativo.
No Brasil, de acordo com o ISMA-BR, 70% da população sofre com estresse negativo e 30% deles desenvolvem a síndrome de Burnout, um distúrbio psicossocial ocupacional provocado pelo estresse crônico.
De olho nisso, uma ação promovida pela equipe de Promoção de Saúde da It’sSeg monitorou o estado de coerência cardíaca* e relaxamento em 335 colaboradores de uma empresa. O estudo foi feito durante um atendimento individual de 20 minutos e contou com a ajuda de um software desenvolvido por especialistas em psicofisiologia.
A ferramenta apontou um índice de 67,46% de “Não Coerência Cardíaca”, ou seja, naquele momento os participantes estavam com a fisiologia alterada, provavelmente em estado ansioso ou de desgaste mental; 20,30% mostrou “Quase Coerência Cardíaca” e 12,24% estava com “Alta Coerência Cardíaca”.
Durante a análise, foi explicado o conceito correto de estresse (positivo e negativo), assim como seus efeitos, e foram apresentadas formas de identificar etapas precoces do sofrimento emocional e como conduzi-las da melhor maneira. Todos os colaboradores, ainda, foram incentivados ao autocuidado.
Para a psicóloga Karina Stryjer, as empresas devem criar um espaço maior para falar sobre saúde mental de maneira lúdica e educativa, oferecendo ferramentas de autocuidado e autopercepção aos colaboradores. A líder de Promoção de Saúde da It’sSeg também ressaltou a importância de conscientizar as áreas médicas e de Recursos Humanos: “É necessário acolher quem precisa de ajuda e encaminhá-los aos canais pertinentes.”.
Como nosso CEO, Thomaz Menezes, já falou por aqui, iniciativas que tenham foco no usuário e no desenvolvimento de programas de gestão de saúde e de controle de riscos são fundamentais para reduzir custos da empresa e, assim, promover com eficiência a qualidade de vida no ambiente profissional. Portanto, qual é a estratégia para a gestão da saúde dos seus colaboradores e da sua empresa?
*Estado psicofisiológico caracterizado pela sincronia e equilíbrio entre o ritmo cardíaco, as emoções e algumas funções oscilatórias do corpo, como respiração e pressão arterial.