Ataques DDoS: Entendendo o Impacto e as Estratégias de Mitigação

15 de julho de 2024

Imagine que você está em uma fila virtual com milhares de pessoas para comprar ingressos de um evento. Finalmente, chega sua vez e você rapidamente preenche todas as informações, rezando para que o sistema não trave. Após alguns minutos de espera angustiante, o site fica fora do ar e você não consegue finalizar a compra.

Isso acontece porque os servidores web conseguem atender até certo limite de acessos simultâneos. Quando esse número é ultrapassado, a resposta do site fica lenta e, em alguns casos, ele pode ficar inativo.

Ataques de Negação de Serviços Distribuídos (DDoS, na sigla em inglês) funcionam de forma semelhante. Em resumo: os hackers sobrecarregam a infraestrutura tecnológica de uma rede com solicitações contínuas, criando um tráfego falso para exceder a capacidade do site e, assim, impedir o seu funcionamento.

Impactos dos ataques DDoS podem ser amplos e severos

Segundo relatório da empresa de cibersegurança Akamai, em 2023, houve um aumento alarmante no número de ataques de DDoS no Brasil. Eles se tornaram mais frequentes, mais longos, altamente sofisticados (com múltiplos vetores) e focados em alvos horizontais (atacando vários destinos IP de uma única vez).

Na maioria dos casos, o principal objetivo é causar danos com a paralisação de serviços, perda de produtividade e prejuízos financeiros, além de atrair a atenção do público. No entanto, o DDoS também pode ser uma distração para outros ataques.

Enquanto a equipe de segurança da informação está ocupada lidando com a instabilidade do sistema, outras vulnerabilidades são exploradas pelos hackers, levando a roubo de dados, instalação de vírus, bloqueio total de sistemas (conhecido como ransomware) e até espionagem.

Métodos de Mitigação de Ataques DDoS

Embora os ataques DDoS não possam ser evitados, é possível proteger seus ativos digitais com algumas estratégias:

  1. Redes de Distribuição de Conteúdo (CDN): As CDN podem distribuir o tráfego de rede em vários servidores, tornando mais difícil para os atacantes sobrecarregarem um único ponto.
  2. Firewalls e Sistemas de Detecção de Intrusão (IDS): Essas ferramentas podem ser configuradas para detectar e bloquear tráfego malicioso antes que ele alcance o servidor.
  3. Soluções de Mitigação Baseadas em Nuvem: Provedores de serviços em nuvem oferecem soluções escaláveis que podem absorver e neutralizar grandes volumes de tráfego DDoS.
  4. Balanceamento de Carga: Distribuir o tráfego de rede entre vários servidores pode ajudar a gerenciar picos de tráfego e impedir que qualquer servidor específico seja sobrecarregado.
  5. Análise e Monitoramento Contínuos: A análise em tempo real da rede ajuda a identificar padrões de ataques e responder rapidamente a ameaças emergentes.
  6. Seguro Cibernético: É uma medida adicional recomendada para se proteger contra os custos associados a ataques virtuais. A cobertura pode incluir:
  • Custos de resposta ao incidente (despesas com investigação, mitigação e restauração de sistemas após ataque);
  • Perda de receita devido à interrupção de serviços causada pelo ataque;
  • Danos à reputação (gastos relacionados a relações públicas e comunicação para gerenciar e recuperar a imagem da empresa);
  • Responsabilidade jurídica (custos legais associados a violações de dados, incluindo ações judiciais e multas regulatórias).

A combinação de medidas robustas de mitigação e a proteção oferecida pelo seguro ajuda as empresas a gerenciarem melhor os riscos cibernéticos. Essa abordagem holística é crucial para garantir a resiliência e continuidade dos negócios em um cenário de ameaças virtuais em constante evolução.

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