De acordo com levantamento da B2P, em 2021 os casos de lesões lideraram o ranking de motivos para o afastamento de funcionários. Na segunda posição ficaram as doenças do sistema osteomuscular e tecido conjuntivo (tendinites, dor nos músculos, problemas na região lombar, entre outros).
A pesquisa, que ouviu 364 mil trabalhadores em 15 empresas de vários setores, mostrou também a queda no número de funcionários afetados pela COVID. Em 2020 o coronavírus foi o 4° maior motivo para afastamentos. Já em 2021, a doença apareceu em 5° lugar. Confira o ranking completo.
Diante deste cenário, fizemos um Turbinar a fim de entender como fazer uma boa gestão para evitar os acidentes de trabalho. A conversa, mediada por Renata Parra, diretora de relacionamento da It’sSeg, contou com a presença de Marlene Capel, diretora da B2P, Doutor Fábio Santos, consultor em saúde ocupacional na JBS, e do Doutor Paulo Vitor Galvão, coordenador de saúde na Nissan.
Quer saber tudo o que rolou nesse encontro? Continue a leitura!
Adiar a prevenção dos acidentes de trabalho impacta diretamente as finanças
Quando mal gerenciados, os índices de adoecimento e acidentes no trabalho impactam o caixa da empresa. O desdobramento financeiro será elevado, além de processos trabalhistas que eventualmente podem surgir.
O índice de acidentes típicos – aqueles que geralmente implicam em apenas um dia de afastamento – também merece atenção especial.
“As organizações que possuem um alto número de pequenos acidentes precisam ficar alertas. Quando a empresa não percebe que estão ocorrendo muitos afastamentos deste tipo, pode, algum dia, ter um acidente fatal. Um prejuízo imensurável para a família do colaborador e um dano irreparável para a instituição”, comenta o Dr. Paulo Victor.
Além de aumentar a qualidade de vida dos trabalhadores (em relação a bem-estar, segurança e ergonomia), adotar medidas preventivas e fazer o acompanhamento de afastados permitem que a empresa promova a melhora das relações de trabalho, fortaleça a imagem da companhia e evite o limbo previdenciário.
A liderança é fundamental para a prevenção dos acidentes de trabalho
Para o Dr. Fábio Santos é fundamental que haja conscientização hierárquica em relação a Segurança e Medicina do Trabalho:
“A primeira etapa para uma boa gestão é a compreensão da alta liderança de que SESMT não é custo, é estratégia. Geralmente as companhias pensam no impacto inicial dos acidentes (custo hospitalar, plano de saúde e afastamento previdenciário), mas se esquecem de que esses acidentes terão uma representatividade no FAP e até mesmo um custo de imagem caso a empresa tenha ações na bolsa de valores. As organizações podem perder um valor absurdo em decorrência de episódios envolvendo acidentes de funcionários”.
Dados são aliados das medidas preventivas
Ter uma boa interpretação dos dados de acidentalidade da empresa permite que sejam feitas ações estratégicas para minimizar o número de afastados.
“É importante que nenhum dado seja deixado de lado. Eles funcionam como uma bússola para ajudar no combate aos acidentes. Isso permite que você possa fazer estudos analíticos, ver as tendências (quais são as principais causas de acidentes, qual setor da empresa tem mais afastados, os motivos pelo quais os funcionários estão se acidentando) e guiar o plano de estratégia da sua empresa para identificar os problemas de maior magnitude e significância”, explica a diretora da B2P, Marlene Capel.
Capacitação é a palavra-chave para a prevenção de acidentes
É importante conscientizar os funcionários de que os riscos existem. Algumas empresas promovem reuniões com cada área da companhia para dialogar sobre como está a rotina deles. Dessa forma, muitos líderes conseguem identificar pontos de atenção, tanto no contexto de comunicação quanto no aspecto de infraestrutura.
“Também é importante fazer campanhas de prevenção, mudar nossos hábitos e começar a falar com mais frequência sobre os acidentes. É fundamental termos um time bem treinado com cursos de capacitação, dessa forma, as chances de errar são bem menores. Além disso, a empresa precisa estar sempre em busca de novas tecnologias e estruturas que permitam oferecer mais segurança para os seus funcionários”, conclui o Dr. Fábio.
Em resumo, a segurança no trabalhado é um assunto que deve ser discutido de forma frequente entre empregadores e funcionários. Investir em medidas preventivas, como aquelas que vimos neste artigo, é fundamental para reduzir os acidentes e o risco do desenvolvimento de doenças ocupacionais.
E você, já faz a prevenção de riscos laborais na sua empresa? Conhece alguém que precisa ler essas dicas? Compartilhe o artigo e ajude mais pessoas a entenderem a importância da segurança no trabalho.