Banco Central passa a exigir seguro cibernético para fornecedores de tecnologia

13 de outubro de 2025

Tempo estimado de leitura: 3 minutos

O Banco Central do Brasil (BCB) anunciou uma mudança importante que promete elevar o nível de segurança do sistema financeiro nacional: a exigência de seguro cibernético obrigatório para fornecedores de tecnologia que prestam serviços a bancos, fintechs e outras instituições financeiras.

A nova regra foi estabelecida pela Resolução BCB nº 498, publicada em setembro de 2025, e chega como resposta ao aumento de ataques digitais e vazamentos de dados que atingiram prestadores de serviços terceirizados, causando impacto direto em instituições financeiras.

Por que o Banco Central criou essa exigência

Nos últimos anos, casos de ciberataques a empresas que oferecem soluções de pagamento e infraestrutura digital mostraram como falhas externas podem comprometer todo o ecossistema financeiro. Um dos episódios mais recentes envolveu um grande vazamento e interrupções de serviços críticos, afetando operações de transferência e liquidação.

A partir dessa experiência, o BCB decidiu reforçar a governança de riscos de terceiros, garantindo que fornecedores de tecnologia também tenham mecanismos financeiros para cobrir eventuais incidentes.

“O seguro cibernético deixa de ser um item opcional e passa a ser uma ferramenta essencial de mitigação de risco operacional e reputacional. Ele garante não apenas a continuidade do negócio, mas também a confiança de todo o ecossistema financeiro”.

Anderson Pereira

Especialista em riscos cibernéticos, Acrisure

O que muda para os fornecedores de tecnologia

A Resolução BCB 498 traz novas obrigações para empresas que atuam como PSTIs (Provedores de Serviços de Tecnologia da Informação):

  • Seguro cibernético obrigatório — cobertura contra incidentes como vazamentos de dados, indisponibilidade de serviços, fraudes e prejuízos financeiros.
  • Governança e compliance reforçados — diretores responsáveis por segurança e riscos, políticas de continuidade de negócios e auditorias independentes.
  • Capital mínimo e comprovação de capacidade técnica — fornecedores precisarão demonstrar robustez financeira e segurança de seus sistemas.
  • Sanções para descumprimento — de restrições operacionais à perda de credenciamento junto ao Banco Central.
  • Impacto em meios de pagamento — bancos e fintechs que usarem fornecedores sem seguro ou não credenciados poderão ter limites mais baixos em transações como Pix e TED.

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Avanço na proteção de dados e continuidade de negócios

A exigência de seguro cibernético eleva o patamar de proteção não só para bancos, mas também para usuários e o mercado como um todo. A medida garante:

  • Reação rápida a incidentes — recursos financeiros disponíveis para resposta e reparação imediata.
  • Proteção de dados sensíveis — alinhamento com boas práticas de privacidade e segurança digital.
  • Operações mais resilientes — redução do impacto de ataques e falhas técnicas.
  • Ambiente regulatório sólido — maior clareza e previsibilidade para quem atua no setor financeiro.

A exigência de seguro cibernético para fornecedores de tecnologia é um marco importante para o futuro do sistema financeiro brasileiro. A mudança traz mais proteção para bancos e usuários, reduz o risco sistêmico e pressiona todo o ecossistema a elevar seus padrões de segurança digital.

A Acrisure Brasil oferece soluções personalizadas em seguro cibernético, com avaliação de riscos, apólices sob medida e suporte completo em incidentes digitais. Suas coberturas incluem vazamento de dados, interrupção de negócios, multas regulatórias e resposta a crises, ajudando empresas a cumprirem as novas exigências do Banco Central com segurança e agilidade.

“Nosso papel é traduzir o risco em proteção real. O seguro cibernético é mais do que uma exigência: é uma camada estratégica de confiança”, completou Anderson

 

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