O mercado de seguros brasileiro deve liderar o crescimento na América Latina até 2027, segundo projeções da Swiss Re e da CNseg. A expansão será puxada por avanços tecnológicos, mais consciência sobre proteção patrimonial e novos produtos voltados para PMEs e pessoas físicas.
Em meio às incertezas econômicas e riscos climáticos cada vez mais presentes, o seguro ganhou espaço nas decisões estratégicas de empresas e famílias. No Brasil, a regulação mais moderna, a digitalização e o surgimento das insurtechs ajudaram a democratizar o acesso — tornando produtos antes vistos como complicados em opções simples e úteis no dia a dia.
Brasil deve crescer 8% ao ano, acima da média da região
De acordo com o Global Insurance Report, a América Latina deve crescer 5,3% ao ano até 2027. O Brasil, porém, se destaca com projeções acima de 8% ao ano. Os destaques estão nos seguros de vida, saúde, patrimoniais e cibernéticos, que ganham relevância em um mercado mais atento à prevenção e à continuidade dos negócios.
Esse avanço também é reflexo de políticas públicas que incentivam a formalização, ampliam o acesso ao crédito e facilitam a inclusão previdenciária. As empresas — em especial as PMEs — passaram a ver o seguro como um recurso essencial para manter a operação segura, os talentos bem assistidos e os riscos sob controle.
Setor movimenta R$ 400 bilhões e aposta em personalização
Segundo a CNseg, o mercado segurador brasileiro movimentou mais de R$ 400 bilhões em 2024, com vida, saúde e patrimonial respondendo por mais de 70% da arrecadação.
Além disso, ferramentas como inteligência artificial e análise de dados ganham espaço nas seguradoras. Isso melhora a eficiência e permite criar produtos mais personalizados — uma tendência que deve sustentar o crescimento previsto para os próximos anos.
Segmentos que puxam o crescimento no setor de seguros
O crescimento de 8% ao ano não acontece por acaso. Ele vem sendo impulsionado por segmentos estratégicos que respondem às novas necessidades do mercado.
Seguro de vida em alta
Com o envelhecimento da população e o maior interesse em planejamento financeiro, o seguro de vida tem crescido tanto no segmento individual quanto nas empresas, que incluem o benefício em seus pacotes de retenção de talentos.
Saúde e odontologia como diferencial competitivo
Nos planos coletivos, os seguros saúdes e odontológico também se destacam. Empresas preocupadas com bem-estar passaram a investir mais em programas de prevenção, coparticipação e soluções como a telemedicina.
PMEs buscam proteção patrimonial
Já os seguros patrimoniais e operacionais ganharam espaço entre PMEs que antes operavam desprotegidas. A formalização, o crédito e a exposição a riscos como roubo de dados e paralisações forçaram uma mudança de postura: hoje, muitas dessas empresas recorrem a consultorias para identificar suas vulnerabilidades e contratar coberturas sob medida.
O Brasil caminha para liderar o setor de seguros na região, não só em volume, mas também em inovação e acesso. O mercado está mais aquecido, com espaço para soluções personalizadas, novos perfis de segurados e produtos que acompanham o ritmo da transformação digital.
O desafio agora é transformar esse cenário em resultados concretos. Empresas, corretores e consultorias precisam atuar de forma estratégica — conectando proteção com valor real para quem contrata