Ao longo dos anos, a evolução do gerenciamento de riscos passou pelo desenvolvimento das tecnologias. Sistemas de rastreamento fixo e móvel, bloqueadores, travas, DVRs veiculares, blindagens de baú, telemetria, entre outros sistemas, foram sendo adaptados e melhorados para fazer frente ao aumento anual do roubo de cargas e acidentes.
O investimento em ferramentas de segurança passou a ter a atenção principal, deixando de lado outros fatores, como as pessoas e os processos. A preocupação na maioria das vezes é enquadrar a viagem ao nível de segurança exigido no plano de gerenciamento de riscos e apólice de seguros. No entanto, o problema é que o PGR é “frio” fazendo apenas o cruzamento entre os dados da carga e da viagem com as técnicas a serem aplicadas.
Na prática percebemos que outros fatores, como a qualidade na seleção e contratação dos motoristas e o planejamento logístico, são deixados de lado. Um prazo muito curto de viagem aumenta o risco de acidentes. Em contrapartida, um período muito dilatado amplia as chances de roubo.
Como aplicar os processos certos na gestão de riscos do transporte de cargas?
Em meio a tantos desafios, aplicar as melhores práticas no processo de gestão de riscos se torna fundamental.
Equilíbrio entre risco e segurança
A base de atuação sempre é a tabela de riscos da apólice e o PGR. A ideia é utilizar o máximo de variáveis possíveis para termos uma atuação mais assertiva, eliminando o excesso de falsos positivos. Para isso, existem sistemas que permitem a criação de protocolos de atuação e reação automáticas.
Planejamento Logístico
Ter o planejamento adequado auxilia no efetivo controle dos prazos de carregamento, viagem e entrega. O cumprimento desta etapa do processo ajuda também na redução dos riscos de roubo e acidentes.
Além disso, seguindo este protocolo e tendo este controle em mãos podemos gerenciar as SLA’s e indicadores de performance, permitindo otimização e redução do risco e dos custos.
Controle da Informação
O controle da informação é fundamental no sucesso de qualquer atividade logística, uma vez que o vazamento de dados pode expor a operação a riscos. As empresas ligadas ao processo, sejam elas embarcadoras, transportadoras e a própria gerenciadora devem ter um cuidado muito grande com o tratamento interno da informação.
Os sistemas devem restringir acesso a informações sensíveis ao quadro interno de colaboradores e usuários dos clientes. O funcionário, por sua vez, tem acesso apenas a informação necessária para a realização do serviço.
Qualidade do transporte
O sucateamento do transporte tem uma relação direta com o nível de serviço e a sinistralidade. Como consequência temos uma redução nos investimentos em segurança, manutenção, quarteirização entre outros.
Os sistemas devem auxiliar o transportador e embarcador a otimizar a estrutura, reduzindo custos, mas mantendo o nível de segurança e serviço. Por isso, existem ferramentas capazes de solucionar todos os principais problemas na cadeia logística, permitindo equilibrar a relação entre tecnologia, pessoas e processos.
Principais ferramentas do mercado para prevenir os riscos
Atualmente, as três principais ferramentas do mercado são: Sistema automatizado de monitoramento, Sistema de prevenção de acidentes e Sistema provedor de informações logísticas.
Essas três ferramentas foram concebidas com a visão de trabalhar de forma unificada, utilizando a mesma origem de dados. Por meio de cálculos e algoritmos, o sistema filtra e direciona as ações, permitindo uma melhora na qualidade de gestão em toda a cadeia logística.
O resultado final com a aplicação dos três sistemas é a melhoria do nível de serviço, redução dos sinistros, diminuição de custos e melhoria contínua dos processos.