O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) divulgou recentemente o balanço do setor referente ao último trimestre. Não há como negar, é fato que a crise político-econômica que afeta o País, cada vez mais atinge o mercado de saúde.
O número de beneficiários dos planos médico-hospitalares, que é 48.358.148, caiu 0,6% no último trimestre e 3,4% em relação ao mesmo período de 2015. São 1.699.174 usuários a menos nesta categoria em um ano.
Por outro lado, a categoria que surpreende ao ir na contramão da crise é a dos planos por adesão. O número de beneficiários neste tipo de serviço foi o único dentre os planos de saúde a apresentar crescimento. Hoje são 17.404.316 usuários, uma variação positiva de 0,4% em relação ao último trimestre e 0,7% em relação ao mesmo período do ano passado.
O que explica essa alta em meio a tantas quedas: o desemprego. Muitos profissionais quando são demitidos e perdem o benefício de saúde, recorrem à medicina de grupo para proteger a sua saúde e de sua família.
Segundo o Diretor Executivo responsável pela divisão de varejo da It’sSeg Company, Márcio Mantovani, a falta de opção de planos de saúde na modalidade individual, somado à alta de desemprego e à falta de perspectiva de recolocação no mercado de trabalho no curto prazo, faz com que a pessoa ao ser desligada de seu emprego busque uma alternativa nos planos de saúde por adesão por meio da sua entidade de classe. Uma alternativa mais viável para não ter que depender do sistema público de saúde.