Em sua mais recente edição da publicação Textos para Discussão, o IESS (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar) levantou quais características estão relacionadas à maior probabilidade de um indivíduo adquirir um plano de saúde individual no Brasil, utilizando-se de dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2013, do IBGE.
Um dos aspectos mais evidentes é o nível de escolaridade: aqueles que possuem ensino superior completo têm 9,18% mais probabilidade de ter um plano individual, em relação àqueles classificados como “sem instrução”. O local de residência também exerce influência nos resultados: os residentes da região Sudeste são 3,2% mais propensos e os nordestinos são 2,06% menos propensos a possuir um plano individual quando comparados aos habitantes da região Sul.
Outros fatores incluem a presença de uma ou mais doenças crônicas (aumento de 1,22% na probabilidade), internações recentes (aumento de 0,69%), a presença de idosos no domicílio (aumento de 0,18%) e a faixa etária: cada ano a mais de vida representa um aumento de 0,13% nas contratações de planos individuais.
Na prática, os resultados apontam para o que se chama de “seleção adversa”, onde a maior incidência de planos individuais se dá entre aqueles que necessitam de mais cuidados de saúde e usam o benefício para acessar esses serviços. Isso significa que, sem a participação daqueles que pagam e não utilizam o serviço com frequência, o sistema pode se desequilibrar, gerando aumento nos custos e, consequentemente, nas mensalidades.
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