Gestão estratégica de benefícios em tempos de crise

07 de outubro de 2016

Tempo estimado de leitura: 3 minutos

Diante de qualquer crise que atinge os setores da nossa economia, manter planos de saúde, planos odontológicos e outros benefícios oferecidos aos colaboradores pode parecer impossível com a pressão por corte de gastos. Afinal, o valor investido em benefícios compromete, em média, 11% da folha de pagamento das empresas.

Em artigo anterior, falei sobre as medidas de curto prazo para reduzir os custos com os benefícios em períodos como o atual. Por meio delas, é possível mudar as regras de elegibilidade do plano, implantar coparticipação ou outros modelos de custeio do serviço, trocar de plano ou operadora, entre outras. Elas são tentadoras, pois podem gerar resultado imediato. Mas é preciso lembrar sempre que, apesar de rápido, pode não ser duradouro.

Para um resultado efetivo não temos outra opção: precisamos envolver as pessoas e trazê-las como parte atuante para manutenção desse benefício que, sim, é finito.

Costumo dizer que às vezes chegamos a pensar ser melhor perder o emprego, mas manter o plano de saúde por um período, do que manter o emprego e o plano ser cortado por contenção de despesas. Claro que não deveríamos chegar a esse ponto, mas fato é que a assistência médica é o benefício mais valorizado por todos. É a garantia de proteção não só do colaborador, mas também de sua família. Daí a necessidade tão forte de manutenção da existência desse benefício.

Conhecer para envolver

Primeiro, é preciso conhecer o que será gerido, ou seja, você conhece a sua população? Você sabe com quais riscos está lidando? Se você não está seguro sobre essas respostas é preciso rever seus métodos, pois você estará dando um tiro no escuro.

É preciso mapear sua população. Para isso, existem inúmeros recursos de big data que ajudam as empresas a construírem um banco de dados eficiente, como os sistemas da Oktuz. Dessa forma, é possível visualizar informações atualizadas sobre todas as vidas da apólice do plano, filtrar as informações de acordo com seus objetivos e iniciar um verdadeiro programa de gestão de saúde na sua empresa.

A partir das informações sobre o perfil dos seus colaboradores e, se possível, dos dependentes que também fazem parte da apólice, é possível planejar ações efetivas e integradas de promoção de saúde e outras iniciativas que tragam consequências reais e perenes. Monitorar os doentes crônicos, conscientizar os públicos de risco, preservar a saúde dos saudáveis, entre outras ações de impacto e resultado no longo prazo.

A eficácia da sua atuação em relação aos benefícios corporativos está diretamente ligada à inteligência da sua estratégia de gestão de risco, ao conhecimento da sua população e do que você fará com ele.

Vale lembrar novamente que, embora a crise pressione (fortemente) pela redução de custos de forma rápida, é preciso ter cautela em ações de impacto imediato, pois podem causar um efeito rebote. Mais do que simplesmente reduzir custos, queremos otimizar as despesas com saúde e, nesse caso, arriscar com ações não planejadas, que possam colocar o bem-estar dos colaboradores em risco no longo prazo, pode ser um tiro no pé.

Gere impacto efetivo e duradouro

Além de ações focadas nos perfis da sua população, também é preciso orientar os colaboradores sobre um melhor uso do plano de saúde. Esse é o tema sobre o qual mais recebemos demandas de clientes. É preciso mostrar para os colaboradores como os seus hábitos podem impactar diretamente no seu plano de saúde. Lembra das campanhas para o racionamento de água na época de crise hídrica que diziam “Usando bem, ninguém fica sem”? Com os planos de saúde acontece a mesma coisa.

Também é preciso educar o colaborador no sentido de conscientizá-lo da responsabilidade que ele tem sobre sua própria saúde. Claro que a medicina e todos seus recursos estão à nossa disposição para as horas de emergência, mas estar em dia com os exames de rotina, manter hábitos de vida saudáveis e não negligenciar os sinais que nosso corpo dá é ser protagonista do cuidado com a própria saúde.

Portanto, dissemine o bom uso do plano de saúde pela sua empresa, reforce a importância do autocuidado e demonstre que a saúde também é responsabilidade de cada um de nós. Atitudes simples como não refazer exames recentes se não for realmente necessário, não se submeter a uma cirurgia sem antes consultar uma segunda opinião, fazer exames de rotina todos os anos para evitar sustos no pronto-socorro, praticar atividades físicas, cuidar da alimentação e dormir bem são comportamentos que, além de fundamentais para a sua saúde, também ajudam a preservar o seu benefício.

Escrito por: Thomaz Cabral de Menezes, fundador da It’sSeg Company

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