A partir de 3 de novembro de 2025, pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (LES) terão acesso obrigatório, pelos planos de saúde, a dois medicamentos: anifrolumabe e belimumabe.
A inclusão dos fármacos no Rol de Procedimentos em Saúde foi aprovada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em reunião realizada em setembro, ampliando as opções de tratamento para a doença.
Mais opções terapêuticas para quem vive com lúpus
Lúpus é uma doença autoimune crônica e sem cura, mas que pode ser controlada com tratamento. Ela provoca inflamações capazes de atingir diversos tecidos e órgãos. Sem controle adequado, o quadro pode causar limitações físicas e queda significativa na qualidade de vida.
O belimumabe já tinha cobertura prevista no Rol da ANS desde 2024, mas restrita a pacientes com nefrite lúpica (uma complicação renal do lúpus). Com a nova decisão, o medicamento passa a ser oferecido também a adultos com crises generalizadas ou repetidas da doença. Já o anifrolumabe será incluído pela primeira vez no Rol.
A ANS estima que aproximadamente 2 mil beneficiários de planos de saúde serão contemplados diretamente com as novas coberturas.
Lúpus no Brasil: números e desafios do diagnóstico
De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), entre 150 mil e 300 mil brasileiros vivem com lúpus, a maioria mulheres de 20 a 45 anos.
O diagnóstico da doença é desafiador porque não existe um exame único capaz de confirmá-la. Ele depende da combinação entre sintomas clínicos, histórico do paciente e resultados laboratoriais. Além disso, os sinais podem se confundir com os de outras doenças, como artrite ou diabetes, o que torna o processo ainda mais lento.
O acompanhamento contínuo com um reumatologista é essencial para controlar o lúpus, prevenir complicações e melhorar a qualidade de vida.