Porta aberta

17 de fevereiro de 2017

Tempo estimado de leitura: 2 minutos

Há um ano a corrupção liderava a lista de problemas, mas hoje, mesmo com a crise político-econômica, ela aparece em segundo lugar, com 16%, seguida pelo desemprego, também com 16% dos votos. Para a maioria esmagadora, 33% dos entrevistados, a assistência médica é a grande falha do País em 2016.

Não é à toa que chegamos ao ponto das pessoas gastarem mais do próprio bolso com saúde (além dos impostos pagos), do que o governo. De acordo com o IBGE, 8% do PIB foi destinado à saúde, sendo que os gastos com saúde das famílias chegaram a R$ 227,6 bilhões, (4,4% do PIB direcionado à saúde), enquanto a despesa do governo foi de apenas 190,2 bilhões no mesmo período (3,6%).

Saúde Suplementar

Hoje, 25% da população é a atendida pela saúde suplementar. Desses, 70% fazem parte de planos coletivos empresariais, modalidade que mais sofre com o desemprego, que fez o número de beneficiários cair em mais de 1 milhão no último ano, e com a alta do Índice de Variação dos Custos Médico-Hospitalares, que baliza os reajustes desse serviço, e que chegou a 19% em 2016.

Só que esses 25% da população atendida pelos planos de saúde usufruíram, entre março de 2015 e 2016, de 1, 2 bilhão de atendimentos prestados pela saúde suplementar. Por outro lado, 75% da população que recorre ao sistema público teve acesso à 1,4 bilhão de atendimentos. Só de prestadores de serviços ambulatoriais são 121.105 estabelecimentos, 248, 5 para cada 100 mil pessoas, contra 76.187 da rede pública, apenas 37,1 para 100 mil, uma conta injusta que não fecha hoje e que só vai piorar com a aprovação da PEC 241, que congela os gastos públicos, inclusive os destinados à saúde, por 20 anos.

Busca por soluções

Mas as aparências enganam. Por mais caótica que a situação seja, há nela o desafio de superar a crise e fazer diferente em um mercado de práticas muitas vezes engessadas. Em tempo de corte de gastos, devemos buscar oportunidades de avançar e desenvolver novas soluções. É importante que as empresas coloquem o tema de gestão de saúde de fato como prioridade na sua agenda estratégica e que trabalhem sempre para engajar sua população. Falamos sobre isso em outro artigo que tratamos da Gestão Estratégica em Tempos de Crise.

Também é necessário parar de terceirizar a culpa – repassando apenas aos hospitais, médicos, Governo etc. – precisamos unir os elos que conseguimos influenciar: operadora, consultoria e colaboradores (saiba mais) em prol de uma efetiva gestão de saúde, com uma agenda clara e metas estabelecidas. Com essas atitudes saímos do discurso e conseguimos colocar em prática soluções eficazes para cada perfil empresarial, deixando de tratar a gestão dos riscos e a promoção de saúde como custos, mas sim, como investimento necessário.

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