Riscos climáticos, custo de vida e ciberataques: as principais preocupações mundiais para 2023

30 de janeiro de 2023

Desde 2006, o Relatório de Riscos Globais do Fórum Econômico Mundial traz um levantamento anual das principais preocupações de líderes em todo o mundo. Recentemente, a edição de 2023 foi publicada com base na opinião de 1,2 mil especialistas, políticos e diretores de diversos segmentos empresariais.

A seguir, apresentamos quatro riscos que, segundo a pesquisa, são essenciais para as empresas estarem preparadas ao longo deste ano.

Tensões entre países

Um dos destaques do relatório diz respeito aos atuais conflitos geopolíticos entre Rússia e Ucrânia. De acordo com o levantamento, os desdobramentos das tensões entre as grandes potências impactam diversos cenários: um deles é o aumento do custo de vida.

Segundo especialistas, a falta de acordos de cooperação entre países pode ocasionar reflexos negativos para os investimentos em saúde, educação e produção de alimentos. Ao mesmo tempo, essas “crises em cascata” prejudicam os esforços para solucionar os riscos a longo prazo, como as mudanças climáticas.

“Se não há acordo entre os países, consequentemente não haverá esforços para implementar medidas de apoio ambiental”, destaca o relatório.

Cada vez mais empresas buscam prevenir os riscos climáticos com ações internas

Em meio a este cenário, diversas organizações procuram fazer o que está ao alcance delas para prevenir os impactos ambientais. As informações fornecidas pelo levantamento indicam também que as práticas de ESG seguem como protagonistas na elaboração de medidas que ajudam o meio ambiente de forma coletiva.

“A época favorável para ação quanto às ameaças de longo prazo está terminando. Por isso, torna-se necessária uma ação planejada antes que os riscos atinjam um novo patamar”, complementa o informativo.

As empresas estão mais conscientes sobre cibersegurança

Impulsionados pelo isolamento social da pandemia, os crimes virtuais se tornaram mais frequentes e sofisticados nos últimos dois anos. No entanto, em 2022, o volume de ameaças digitais detectadas e barradas no Brasil caiu 12% e retornou a patamares pré-pandemia.

Para os especialistas, o recuo se deve ao reforço na segurança das empresas, o que tem tornado os ataques mais seletivos e complicados para os criminosos. Porém, o relatório alerta: “ainda não é momento de trégua”.

Instabilidades geopolíticas podem levar o mundo a uma catástrofe cibernética

Ainda falando sobre cibersegurança, uma ameaça que explodiu nos últimos tempos foi o ransomware. Os criminosos bloqueiam dados e sistemas da empresa e cobram resgate para restaurar o acesso. A prática pode render quantias milionárias aos infratores.

Mesmo com o recuo dos ataques no ano passado, o Brasil continua como um dos principais afetados por ameaças virtuais em todo o mundo. Além disso, uma grande catástrofe cibernética pode ocorrer caso os países não incluam em suas estratégias a cibersegurança.

De acordo com Edi Rama, primeiro-ministro da Albânia, se o cibercrime fosse um país, ele seria a terceira maior economia do mundo, apenas atrás dos Estados Unidos e China, com um PIB de US$10,5 trilhões.

Confira o relatório na íntegra

O levantamento do Fórum Econômico Mundial visa promover um maior entendimento dos perigos a curto, médio e longo prazo. A pesquisa deste ano também analisa como os riscos presentes e futuros podem interagir entre si para formar uma “policrise”, ou seja, um aglomerado de problemas globais relacionados, com impactos combinados e consequências imprevisíveis. Clique aqui e veja o relatório completo.

Share
ARTIGOS RELACIONADOS

INSCREVA-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER SEMANAL

    AO INFORMAR MEUS DADOS, EU CONCORDO COM A POLÍTICA DE PRIVACIDADE E COM OS TERMOS DE USO

    PROMETEMOS NÃO UTILIZAR SUAS INFORMAÇÕES DE CONTATO PARA ENVIAR QUALQUER TIPO DE SPAM

    VOLTAR PARA A HOME