Gestão de Sinistro diante das enchentes no Rio Grande do Sul

15 de maio de 2024

Tempo estimado de leitura: 3 minutos

Ao menos 15 seguradoras adotaram condições especiais para apoiar as regiões atingidas pelas recentes enchentes no Rio Grande do Sul. Além de adiar o vencimento de boletos e priorizar indenizações às vítimas, algumas aumentaram a equipe de sinistros para agilizar o atendimento.

Nosso superintendente em gestão de saúde, Danilo Nakandakare, comenta que ainda é difícil dimensionar os impactos da tragédia. “Mapeamos 100% dos clientes na região para oferecer atendimento gratuito em telemedicina e telepsicologia durante 60 dias”.

Nosso compromisso é estar presente neste período crucial para que as famílias possam se reerguer e retomar suas vidas. “Temos realizado processos de acolhimentos individuais, por meio de nossas assistentes sociais para situações específicas, apoiando os clientes com planos de contingência”, esclarece Renata Parra, diretora de relacionamento com o cliente da It’sSeg.

Os seguros estão preparados para uma tragédia climática?

Diante de ocorrências como essa no sul do país, Fernanda Bulsoni, nossa superintendente de operações, sinistros e linhas financeiras, argumenta que o seguro tem a função social de ajudar a reestruturar a região, o comércio e a produção local.

“As seguradoras acabam sendo mais flexíveis, tanto na contratação quanto na manutenção”, comenta. “Não estamos medindo esforços para colocar peritos nos locais impactados e avaliar as perdas. Existem regiões ainda inacessíveis por conta da água, então alguns clientes não sabem exatamente o que foi perdido”.

De acordo com a previsão do tempo no Rio Grande do Sul, é esperado que as chuvas diminuam nos próximos dias e que o frio aumente. Porém, a trégua será curta e a água que começou a escoar está indo para outros locais. Portanto, existe a possibilidade de que mais pessoas e empresas sejam impactadas.

Limites segurados não devem ser subestimados

Desastres naturais acontecem e estão mais recorrentes. Se a organização fica em uma região que corre risco de alagamento, é indicado investir em uma cobertura maior para esse tipo de ocorrência.

“Para alguns tipos de indústrias, é possível tratar de apólices por meio da modalidade de Riscos Operacionais, onde é estipulado um Limite Máximo de Indenização com proteção “All Risks”. Ou seja, garante indenização com Limites altos para qualquer sinistro, exceto os riscos excluídos. Por exemplo, uma apólice de R$ 200 milhões, abrangerá qualquer ocorrência, como um vendaval, incêndio ou desmoronamento, desde que a cobertura não esteja excluída em contrato. Assim, a empresa poderá contar com a totalidade deste valor para repor o que foi danificado”, explica Fernanda.

No entanto, continua, há maior procura pela apólice de riscos nomeados, na qual existe um limite para cada cobertura, reduzindo o prêmio do seguro. Nesta modalidade, é possível alocar, por exemplo, R$ 4 milhões de indenização para alagamento, R$ 1 milhão para incêndio e assim por diante.

“Analisar cada risco e dimensionar corretamente os limites contratados são etapas decisivas para garantir uma cobertura suficiente no caso de um sinistro. Quando feitas de maneira superficial, é possível que o segurado fique sem cobertura ou que o valor contratado seja insuficiente para repor o prejuízo”, diz.

Desastres naturais: Como acionar a seguradora?

Fernanda relata algumas orientações sobre os procedimentos a serem adotados após a ocorrência de um sinistro:

  • Preserve o que for possível: Em caso de alagamento/inundação, por exemplo, se for necessário mudar algum equipamento ou mercadoria de local para que não pegue umidade, isso pode ser feito sem notificar a seguradora.

Algumas pessoas acreditam que a seguradora negará a indenização porque o local do sinistro foi alterado. Na verdade, ficam liberadas todas as medidas que visem minimizar os danos do acidente.

  • Não descarte equipamentos ou mercadorias afetadas: Assim o perito consegue constatar de forma mais efetiva a extensão dos prejuízos e perdas do sinistro.

As seguradoras também compreendem que os bens acabam se perdendo com as enxurradas. Portanto, esse tipo de dano pode ser coberto pelo seguro, desde que atenda aos termos da apólice contratada.

  • Comunique a seguradora: No Rio Grande do Sul muitas pessoas estão sem internet ou telefone, então as corretoras e seguradoras buscam entrar em contato para verificar as condições de cada cliente.

Em outros casos, é importante que a empresa não demore para informar a ocorrência à seguradora. O registro do sinistro deve ser feito a qualquer momento, 24 horas.

“Essa postura colaborativa ajuda a seguradora a atuar com o máximo de suporte para que pessoas e empresas não fiquem desamparadas”, finaliza Fernanda.

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