Tecnologia, saúde e benefícios: 7 tendências de RH no pós-pandemia

25 de agosto de 2022

Certamente não trabalhamos da mesma forma que há três anos. Durante este período, os profissionais de Recursos Humanos precisaram reavaliar a cultura organizacional. 

“Os funcionários se acostumaram com o modelo de home office integral. Muitas pessoas mudaram o estilo de vida em decorrência das transformações no trabalho. Ou seja, a vida se reconfigurou”, comenta Thais Camargo, diretora de gente e gestão da It’sSeg Company. 

O período pandêmico trouxe mudanças tão significativas para as organizações que, atualmente, existem tendências de RH que precisam ser levadas em consideração para manter a qualidade do trabalho.

Por isso, separamos em nosso artigo alguns pontos para as companhias ficarem atentas. 

Sete tendências para o setor de RH nos próximos anos

1. Aceleração Digital

Falar sobre tecnologia nos dias atuais é inevitável, principalmente no ambiente de trabalho. Muito disso se deve à necessidade das empresas precisarem implementar o home office. 

Ainda que algumas companhias não pretendam adotar o trabalho à distância de forma definitiva, as atividades passaram a ser mais ágeis, automatizadas e integradas por conta da tecnologia. 

“Confrontamos nossas crenças de que esse modelo de trabalho 100% em casa pudesse não dar certo, mas funcionou. Grande parte deste bom funcionamento se deve a tecnologia. A pandemia desmistificou a possibilidade de fazer uma comunicação eficaz mesmo à distância”, esclarece a diretora de gente e gestão. 

Ou seja, os sistemas digitais se tornam ferramentas essenciais nas empresas, tanto para otimizar o fluxo das ações com os clientes quanto com os colaboradores. 

Outro ponto importante é a questão da admissão online. Hoje é possível entrevistar, contratar e gerenciar um colaborador de forma totalmente virtual – um ganho de agilidade para o RH e mais conforto para o funcionário. 

2. Formatos de trabalho mais flexíveis 

“Esta é uma ideia não só para engajar as pessoas que já fazem parte da empresa como também atrair novos talentos. Muitos colaboradores mudaram suas prioridades. Claro que o trabalho é parte essencial da rotina, mas outros pontos começaram a ganhar mais espaço na decisão dos funcionários em continuar na mesma empresa ou optar por outra companhia”, destaca Thais Camargo. 

As organizações precisam estar atentas neste aspecto. A falta de adaptação aos novos modelos de trabalho podem fazer com que a companhia veja seu quadro de colaboradores diminuir. A pesquisa feita pela consultoria global Bain & Company revelou que 30% dos funcionários brasileiros preferiam continuar trabalhando remotamente. Já 33% dos entrevistados escolheram o modelo híbrido como a melhor forma de se trabalhar. Saiba mais. 

Por esses motivos, podemos dizer que o mix nos modelos de trabalho é uma das tendências que vieram pra ficar. Agora cabe à empresa descobrir qual o melhor formato para a sua realidade.

3. Aprimoramento de competências 

Diversas empresas estão investindo ativamente no treinamento e desenvolvimento das habilidades de seus colaboradores.

Diante deste contexto, o “upskilling”, termo relacionado ao aprimoramento de competências, passa a ser um dos grandes destaques do setor de RH. 

Para investir neste tema, detecte os principais pontos fortes dos funcionários e os desenvolva ainda mais. Além de ser uma ótima forma de engajá-los, a técnica pode ser uma aliada na hora de atrair novos talentos.

4. Aproximação com os colaboradores

A pandemia veio para provar, entre outras coisas, que as relações precisam ser fortalecidas dia após dia. Os funcionários precisam ter confiança nas trocas com seus gestores e saber o que estão fazendo dentro da organização.

De certa forma, a tecnologia, como vimos no começo do artigo, facilitou o desenvolvimento dessa aproximação. 

“O ganho tecnológico nos possibilitou ser mais eficientes em relação à produtividade. Se não tivéssemos uma plataforma para falar com os nossos colaboradores, não conseguiríamos transmitir a comunicação de uma forma eficiente”, explica Thais.

5. Oferta de benefícios 

Neste ponto, podemos enxergar uma conexão entre todas as tendências. Foi comprovado que ter mais flexibilidade e liberdade no dia a dia é uma das grandes vantagens para os funcionários. Isso também se aplica quando o assunto é oferta de benefícios. 

“Na retomada ao escritório, notamos que precisaríamos trabalhar com novas ferramentas. Entramos com ações de apoio à saúde emocional, um olhar integral para a saúde dos funcionários, os instruindo como gerenciar vida pessoal e profissional. Afinal, muitos colaboradores começaram a refletir sobre qualidade de vida, tempo gasto no transporte e como seria este novo modelo de trabalho futuramente”, conta Thais Camargo.

Por isso, oferecer uma cartela de benefícios em que o funcionário se sinta beneficiado em vários aspectos é parte fundamental de um cenário pós-pandemia.

6. Diversidade além da reputação

A pandemia também evidenciou as vulnerabilidades das minorias. Por isso, diversas empresas estão cada vez mais focadas em criar projetos que tornem o ambiente de trabalho mais igualitário. Mas neste processo, boa parte das organizações se perdem no propósito.

Apostar em diversidade é um fator determinante nas tendências para o setor de RH, porém, a grande diferença está na execução deste plano. O que acontece em muitas companhias é que, na ansiedade de criar projetos atrativos e de grande alcance, pontos muito importantes passam despercebidos. 

Por isso, é essencial ouvir seu público-alvo antes de tirar a ação do papel. Envolva essas pessoas nas decisões e execução do projeto, pois só assim ele fará sentido.

7. Atenção à saúde integral

Não poderíamos encerrar o texto sem antes falar sobre saúde. Diante da pandemia, um dos assuntos mais discutidos foi relacionado ao bem-estar dos funcionários. 

Nas empresas este é um tema que merece ainda mais atenção. Afinal, lidamos com a rotina, metas e produtividade corporativa. Esses aspectos impactam na saúde mental e integridade física das pessoas. 

Recentemente, uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontou aumento de 25% na prevalência de ansiedade e depressão em todo o mundo. Mesmo em um cenário pós-pandemia, há reflexos que perdurarão por um bom tempo. 

Portanto, as empresas precisam planejar ações de promoção de saúde e atuar cada vez mais próximas à sua equipe para garantir a segurança psicológica de seus colaboradores.

Share
ARTIGOS RELACIONADOS

INSCREVA-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER SEMANAL

    AO INFORMAR MEUS DADOS, EU CONCORDO COM A POLÍTICA DE PRIVACIDADE E COM OS TERMOS DE USO

    PROMETEMOS NÃO UTILIZAR SUAS INFORMAÇÕES DE CONTATO PARA ENVIAR QUALQUER TIPO DE SPAM

    VOLTAR PARA A HOME