No Brasil, estima-se que 8% das pessoas sofrem com o hipotireoidismo e 1,2% tem hipertireoidismo. Contudo, 50% dos brasileiros não sabem que têm disfunções tireoidianas. Esses problemas podem ocorrer em qualquer etapa da vida e são de simples de diagnosticar.
A tireoide é uma glândula em forma de borboleta localizada no pescoço, logo abaixo do Pomo de Adão (gogó). Ela mede cerca de 5 cm, mas é responsável por regular a função de órgãos importantes como coração, cérebro, fígado e rins. E tem papel importante no metabolismo.
Se a tireoide não funciona adequadamente, pode ocorrer a produção em excesso de hormônios (hipertireoidismo) ou em baixa quantidade (hipotireoidismo), afetando o desenvolvimento de crianças e adolescentes; na regulação dos ciclos menstruais; na fertilidade; no peso; na memória; na concentração; no humor e no controle emocional.
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O que é Hipertireoidismo
O hipertireoidismo é descrito como uma disparada na produção dos hormônios da tireoide — a tri-iodotironina (T3) e a tiroxina (T4). A liberação dos hormônios ocorre a partir de um comando da hipófise, estrutura localizada no cérebro. Quando esses hormônios estão em excesso, todo o organismo funciona mais rápido do que o normal: o coração dispara, o intestino solta, a pessoa geralmente emagrece, fica agitada, fala e gesticula muito, dorme pouco e, embora o corpo esteja cansado, sente-se com energia.
O que é Hipotireoidismo
Já quando a produção de hormônios é insuficiente, acontece o contrário: o corpo começa a funcionar lentamente. O coração bate devagar, o intestino prende e o crescimento pode ficar comprometido. Pode haver diminuição da memória, ganho de peso, cansaço excessivo, dores musculares e nas articulações, aumento dos níveis de colesterol e depressão.
Nódulos na tireoide
Os nódulos na tireoide são problemas frequentes, e geralmente sem sintomas. A boa notícia é que apenas 5% deles são malignos e o tratamento possui ótimas chances de cura.
Como apenas um pequeno número de nódulos é palpável, exames como a ultrassonografia são úteis para o diagnóstico do câncer de tireoide, além do exame clínico. Em algumas situações, a biopsia é indicada para identificar a presença de células tumorais malignas. Se for o caso, o tratamento leva em conta o tipo e a gravidade da doença.
Como prevenir distúrbios na tireoide
Manter uma alimentação equilibrada e praticar atividades físicas são o primeiro passo para prevenir problemas na glândula, dado que a obesidade é um dos fatores de risco que induzem distúrbios na tireoide.
O consumo de iodo é outro fator importante. Esse mineral está presente no sal de cozinha e em alguns peixes, já em quantidades suficientes para além da recomendação diária. Enquanto o iodo é essencial à formação dos hormônios da tireoide, o selênio (encontrado na castanha-do-pará) regula seu trabalho. Tanto a falta ou quanto o abuso desses nutrientes gera problemas.
A checagem dos níveis de hormônios TSH (hormônio estimulante da tireoide) e T4 pode ser feita por meio de um exame de sangue simples, que ajuda a prevenir desequilíbrios na glândula ou diagnosticá-los ainda em estágio inicial. Converse com seu médico sobre esse exame, especialmente se notar sintomas persistentes do hiper ou hipotireoidismo.