Todo tumor é câncer? A importância do diagnóstico precoce

05 de novembro de 2020

Não, nem todo tumor é câncer. Segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer), a palavra tumor corresponde ao aumento de volume observado numa parte qualquer do corpo. Quando o tumor é resultado de um crescimento do número de células, ele é chamado neoplasia – que pode ser benigna ou maligna. Ao contrário do câncer, que é neoplasia maligna, as benignas têm seu crescimento de forma organizada, em geral lento, e apresenta limites bem nítidos. Elas não invadem tecidos vizinhos ou desenvolvem metástases.

Priorizar o diagnóstico precoce do câncer aumenta as chances de cura, diminui gastos com tratamento (principalmente quimiorradioterapia) e também o risco de possíveis sequelas. Com isso em mente, duas estratégias são importantes:

1. Investigação em indivíduos com sintomas suspeitos. Alguns tipos de câncer, como a leucemia, tumor cerebral e gástrico, não dispõem de exames de rastreio periódico. Por isso, o surgimento de sinais ou sintomas suspeitos devem motivar a busca pelo serviço de saúde, que deverá estabelecer, de maneira multidisciplinar e efetiva, o diagnóstico no menor tempo possível.

2. Rastreamento em indivíduos assintomáticos. Algumas neoplasias malignas têm sua incidência aumentada em determinados grupos, estabelecidos pelo sexo e/ou faixa etária, como o câncer de mama, útero e colorretal. Já existem métodos de rastreio capazes de identificar pessoas que não apresentam sintomas em fases iniciais da doença.

No caso do câncer de próstata, a idade recomendada para os homens começarem a realizar o exame de toque retal é de 50 anos. Um outro exame (de sangue), a dosagem de PSA, complementa os dados para o diagnóstico médico. Porém, a necessidade de realizar exames clínicos ou laboratoriais para o rastreamento desse tipo de tumor deve ser cuidadosamente avaliada pelo médico e o paciente.

Perspectivas Futuras

Com os avanços da medicina e da tecnologia na última década, o diagnóstico de câncer deixou de ser uma sentença. Imunoterapia, cirurgias minimamente invasivas e melhora da sobrevida tornaram muitas dessas doenças tratáveis, com pacientes convivendo por muitos anos com o câncer sem perder qualidade de vida. Claro que conviver com uma doença oncológica segue sendo um desafio, no qual o diagnóstico e tratamento precoce continuam sendo parte fundamental.

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FONTES /
  • Projeto Oncorede: A (re)organização da rede de atenção oncológica na saúde suplementar, Rio de Janeiro, 2016.
  • WHO report on cancer: setting priorities, investing wisely and providing care for all, 2020.
  • Todo tumor é câncer? – Instituto Nacional de Câncer (INCA).
  • Pearce et al. Productivity losses due to premature mortality from cancer in Brazil, Russia,India, China, and South Africa (BRICS): A population-based comparison. Cancer Epidemiology 53 (2018) 27–34.
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