Burnout: epidemia já não pode ser ignorada 

27 de agosto de 2025

Tempo estimado de leitura: 2 minutos

Burnout deixou de ser apenas um alerta de saúde mental e se consolidou como um dos principais desafios trabalhistas e regulatórios do país. No primeiro semestre de 2025, as ações judiciais relacionadas ao tema movimentaram um passivo bilionário em indenizações, pressionando empresas a repensarem suas práticas de gestão de riscos psicossociais. 

Burnout no Brasil: Dados e Consequências 

Os números revelam a gravidade do problema e suas ramificações. 

  • Em 2024, o Brasil registrou 472.328 afastamentos por transtornos mentais, segundo o Ministério da Previdência Social — o maior número da última década. Entre os diagnósticos mais comuns estão transtornos de ansiedade (141.414 casos) e episódios depressivos (113.604 casos). 
  • Em 2024, 40% das pessoas entre 18 e 30 anos relataram sintomas de burnout — um aumento de 15% em relação a 2023, de acordo com a ISMA-BR. O dado evidencia o peso da sobrecarga de jornadas e da instabilidade financeira sobre essa faixa etária. 

Novas Obrigações para Empresas 

Desde 2022, o Brasil passou a adotar a 11ª edição da Classificação Internacional de Doenças (CID-11), que define o burnout como resultado de estresse crônico no trabalho. Em maio de 2025, a atualização da NR-1 do Ministério do Trabalho entrou em vigor, obrigando as empresas a avaliarem e gerenciarem os riscos psicossociais em seus ambientes. 

Essa nova realidade exige que as organizações monitorem fatores como sobrecarga de tarefas, assédio e longas jornadas, implementando medidas de prevenção. O avanço do burnout é um desafio para as empresas, que agora precisam se adaptar a um novo cenário regulatório e de compliance. 

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Ao mesmo tempo, vivemos uma epidemia silenciosa de sofrimento psíquico. Dados mostram que 74% da população relata episódios de estresse, enquanto 45% apresentam sintomas de ansiedade — com maior impacto entre jovens e mulheres.

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